quinta-feira, 20 de maio de 2010

Vozes de Gaza


Vozes De Gaza

Vozes se levantam contra razões insanas.
Aspiram ansiosas por vontades impolutas.
Mergulham suicidas em fontes profanas.
Caminham sem eira nem beira, resolutas.


O caminho é incerto, a luta injusta.
Contra o arbítrio o sabre se alevanta.
Palavras que voam em medida justa.
Contra o alvo vencido da guerra santa.


Porque mãos postas que ao céu se erguem,
Às seitas venerandas em incontido louvor,
Seqüestram, matam, apedrejam e soerguem,
Muros de vergonha e bandeiras ao terror?


Sob um céu de infinitas tempestades,
Tinta de sangue em lamina cortante.
Da boca que clama por vãs potestades
Cresce o delírio em clamor berrante.


Um profeta dormente em delírio astuto,
Promete ao homem-bomba sobranceiro,
Cem virgens por merecimento justo,
Num céu de paz e repouso derradeiro.


Uma guerra milenar que se arrasta.
Povos que se dizem de Deus, tementes
Tendo á sua frente uma fé devasta,
Violência maior espalhando sementes.


Jerusalém, Palestina, Terra Santa
Geradas em berço de ódios delirantes
Sua paz é tardia, sua luta é tanta,
Num cemitério de vozes suplicantes.


Milhares de almas ao desalento.
Esta é sua herança e seu legado.
Soprando pelos desertos, ao vento.
Em desespero a um povo renegado.

Esta luta que nunca termina
Sem vencedores e nem vencidos
Fazem-me transformar em rimas
O choroso lamento dos desvalidos.



Um comentário:

  1. Olá amigo, um grito de revolta a que os senhores da guerra não dão ouvidos. Ninguém quer saber dos inocentes que perecem injustamente. Beijo meu

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