sábado, 28 de abril de 2012

O Mundo do Poeta





Ao poeta restaram as palavras...
Poéticas, proféticas, amorosas, raivosas,
Tristonhas, bisonhas, intrusas, reclusas
Palavras de euforia.
Palavras de alforria.
Palavras que libertam, acobertam,
Ofendem, matam, desmatam.
Palavras que constroem e destroem.
Que correm com os ventos e os eventos.
Palavras que param estagnadas,
Paralisadas, sussurradas.
Palavras que desafiam, fiam.
Palavras que anoitecem e amanhecem,
Com o mesmo tom indignado,
Com a mesma cara lavada.
Palavras como véu transparente
Ou como mortalha deprimente.
Palavras faladas com louvor
Ou gritadas com horror.
Benditas, malditas, ditas.
Palavras pensadas, repensadas.
Palavras inconseqüentes, delinqüentes.
Palavras molhadas, geladas.
Pueris, sutis, profundas, fecundas
Resolutas, impolutas,
Indecisas, incisivas,
Pertinentes, insolentes.
Arrogantes, intrigantes,
Destrutivas, emotivas,
Emproadas, emboladas,
Pacifistas, belicistas.
Pensando bem, ao Poeta
Restaram todas as palavras
Não lhe faltou nada... Nada


Um Canto de Liberdade

Um Canto de Liberdade A brilhar na escuridão da consciência. Luz tardia e ofuscada pela crença insana. Pelas grades da pr...