De madrugada
Um rosto sinistro
Com voz embargada
Me segue atento
Vigia meus passos.
Em ritmo lento
Uma sombra alada
Saída do nada
Olhar sonolento
Flutua na praça.
Meus passos cadentes
Batendo no asfalto
Contidos, urgentes
Olhando pro alto.
No escuro da noite
Ao som do açoite
Sem pressa nem pena
Uma voz me condena.
E eu, escorrendo no ralo
Com olhar de regalo
Fugindo em silencio
Correndo de mim.
Um monstro sombrio
Sem forma nem brio
Com jeito, demente
E cara de gente.
Presa e predador
Caça e caçador
Criatura e criador.
Somos multidão.
Este sou eu.
João Drummond
João,
ResponderExcluirÉ uma honra tê-lo como amigo no blog. Sou admiradora da sua arte e também do seu trabalho de interação entre os amantes das letras da nossa cidade.
Parabéns por mais um belo poema.
Abraços,
Cida.
A POESIA TEM A VANTAGEM DE APROXIMAR MULTIDÕES.
ResponderExcluirSEGUIR-TE FOI A MANEIRA QUE ENCONTREI DE CONHECER MELHOR SEU TRABALHO.
BELA POESIA!
Olá, adorei o seu poema, Fugindo em silêcio correndo de mim... é amigo não conseguimos fugir de nós mesmos. Além de que somos os nossos maiores criticos. Gostei. Beijo meu
ResponderExcluirSe me permitir vou seguir seu espaço
ResponderExcluirBeijo de Portugal
Passei para desejar um optimo fim de semana e claro sabe sempre bem reler o poema. Beijos
ResponderExcluirCom um nome desses tinha que ser poeta, estava escrito nas estrelas o teu destino meu caro amigo!
ResponderExcluirUm grande abraço
Gemária Sampaio