Um Canto de Liberdade
A brilhar na
escuridão da consciência.
Luz
tardia e ofuscada pela crença insana.
Pelas
grades da prisão, uma seita profana,
De mestre e discípulos de pura demência.
Farol
que nunca cede nem se apaga
Promessa
urgente que o vento sopra
Um
brilho ardente que o poeta afaga
Palavras
e rimas que de noite obra.
Se
ontem o Poeta em Espumas Flutuantes,
Clamava
liberdade e "fechava os mares",
Seus
gritos vagam como pássaros errantes,
Pelas
favelas e campos de impolutos ares.
Mas
para o poeta de sonho desperto
Que
de noite rasga seu verso demente,
Seu
canto suave se faz ouvir bem perto.
Canto
de Liberdade, sob um céu clemente.
João Drummond
João Drummond